Santo Agostinho nos testemunha o que aconteceu consigo após ter experimentado Jesus pela música:

"Quanto chorei ouvindo vossos hinos, vossos cânticos, os acentos suaves que ecoavam em vossa Igreja! Que emoção me causavam! Fluíam em meu ouvido, destilando a verdade em meu coração. Um grande elã de piedade me elevava, e as lágrimas corriam-me pela face, mas me faziam bem".

Não poderia deixar de citar aquela que soube assumir seu papel na História da Salvação com toda a singeleza de vida: Maria. Ela foi a mais dócil, depois de Jesus, ao Espírito Santo, não de maneira mecânica ou por conveniência, ou ainda apenas para cumprir um preceito divino. Ao contrário, "com razão afirmam os santos padres que Maria não foi instrumento meramente passivo nas mãos de Deus, mas cooperou na salvação dos homens com livre fé e com inteira obediência. Como diz Santo Irineu, pela obediência, ela tornou-se causa de salvação para si mesma e para todo o gênero humano" (LG 56). É por isso que Maria é para nós, músicos, o maior exemplo, pois serviu ao Senhor pela fé e por uma firme decisão de que nela se realizassem os desígnios de Deus. Graças a essa sua entrega, colaborou como ninguém na implantação do Reino de seu Divino Filho e na minha e na sua salvação. Nunca alguém esteve tão próximo de nossa realidade de servos como ela.

Fonte: "Músicos Para Um Novo Tempo".